Rio

Suspeito de matar homem em pista do BRT é exonerado da prefeitura

Homem admitiu que mentiu para a policia por medo

Caminhonete estava usando um  giroflex
Caminhonete estava usando um giroflex |  Foto: Reprodução
  

O suspeito de ter atropelado um homem na pista exclusiva do BRT foi exonerado do seu cargo na Prefeitura do Rio. O caso aconteceu no dia 30 de julho, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Após a repercussão do acidente, o homem deixou o cargo comissionado em que atuava na subprefeitura de Jacarepaguá nesta sexta-feira (26), pedindo a exoneração. Ele estava usando um veículo sem placa, e com giroflex, na Avenida das Américas, quando atropelou e matou Rhenê Rodrigues Martins.

O homem se apresentou na 16° DP (Barra da Tijuca) para confessar os detalhes daquela noite. Em depoimento, ele admitiu que mentiu quando realizou o Boletim de Registro de Acidente de Trânsito (BRAT), no site da Polícia Militar, porque sentia receio de perder o emprego. No documento ele alegou que estava usando o veículo da prefeitura e que havia atropelado um cavalo.

Este registro também foi utilizado para solicitar uma troca de veículo e justificar os amassados na lataria. A substituição foi feita por uma empresa que aluga automóveis para a subprefeitura de Jacarepaguá.

O suspeito também alegou que o carro utilizado possui um cartão de autorização, que permite o tráfego pela via do BRT, além de trânsito e estacionamento especiais. O veículo não estava cadastrado no sistema da prefeitura e, por este motivo, as placas foram retiradas. Ele não afirmou que foi o responsável por retirar a identificação do veículo.

O giroflex que estava no carro pertencia ao homem, ele afirmou que utilizava o aparelho para identificar a passagem do veículo por vias exclusivas, como a do BRT. O equipamento foi apreendido.

Suspeito alega não ter visto a vítima

Em depoimento à polícia, o homem alegou que não viu o que tinha atingido, e que acreditou ter atropelado algum objeto, já que olhou para trás e viu uma figura de pé. Ele afirma que sentiu um impacto na lateral direita do veículo, mas seguiu viagem.

Foi só depois de um tempo que ele avistou estragos na lataria do carro, mas não viu sangue algum. O suspeito afirmou que, no mesmo dia, viu a reportagem do atropelamento do adolescente João Gabriel, cujo autor do crime foi o modelo Bruno Krupp, e se tranquilizou ao perceber que estava em locais diferentes. 

O caso

A Polícia Civil investiga o atropelamento que terminou na morte de Rhenê Rodrigues Martins, de 31 anos, em um acidente com um veículo sem placa e usando giroflex na Avenida das Américas, Barra da Tijuca, no final do mês passado.

O caso está na 16ª DP (Barra da Tijuca). Segundo a polícia, as investigações seguem e imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas e novos depoimentos serão coletados. 

Familiares lamentaram a irresponsabilidade do motorista, que fugiu do local. O caso aconteceu no dia 30 de julho, em uma pista exclusiva do BRT. De acordo com testemunhas, a vítima estava a caminho do trabalho quando o crime aconteceu. Rhenê era do Ceará e estava morando no Rio há cinco anos.

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